sexta-feira, 17 de maio de 2013

Sugestão de 3º encontro para grupo de gestantes

Parto e nascimento



Sugiro que esse tema seja trabalhado com gestantes no segundo trimestre em diante, as que estão no primeiro trimestre, ainda não estão preocupadas com o parto, a ansiedade no primeiro trimestre ainda é em relação se o bebê irá “vingar”, qual é o sexo, ambivalência com a gestação, contar ou não contar as pessoas, entre outras.
Para esse encontro sugiro a leitura dos livros “Psicologia da gravidez, parto e puerpério” da autora: RAQUEL SOIFER; “Psicologia da gravidez, parto e puerpério” da autora: MARIA TEREZA MALDONADO; “Mulher, parto e psicodrama” da autora: VITÓRIA LÚCIA PAMPLONA; “Nove meses na vida da mulher: uma abordagem psicanalítica da gravidez e do nascimento” dos autores: MYRIAM SZEJER e RICHARD STEWART; “Memórias do homem de vidro: reminiscência de um obstetra humanista” do autor: RICARDO JONES; “O renascimento do parto” do autor: MICHEL ODENT; “A cientificação do amor” também do autor: MICHEL ODENT e “Parto Ativo” da autora: Janet Balaskas.
Também sugiro assistir ao filme “nascendo no Brasil”
Falar sobre parto e nascimento é um assunto delicado em nosso país, pois como é de conhecimento de todos temos um número alto de nascimentos por meio da cirurgia cesariana. Humanização do parto, infelizmente é luxo para muitas Brasileiras, para quem tiver interesse pode ler também meu texto publicado nesse blog “Ética e Parto”.
O que vejo na prática é que para falar sobre parto e nascimento é preciso muito “jogo de cintura”, pois podemos falar de um parto fantástico e criar expectativas que depois não serão correspondidas, levando assim a frustração no pós-parto, muitas podem até mesmo desenvolver problemas de saúde mental após o parto por não ter conseguido ter o “parto dos sonhos”. Portanto sugiro cautela para trabalhar esse assunto, primeiro identifique o que é possível e o que não é possível para a sua clientela, são mulheres atendidas pelo SUS, particular etc, qual é a realidade do seu município? Existem obstetras humanizados etc. É importante sim informar e dar a oportunidade de luta para as mulheres, mas é importante ter bom senso nessa hora, pois de nada adianta fazer um trabalho defendendo um parto humanizado,  e estimular a mulheres a desejarem um parto assim e a realidade do município, cultural entre outras, não permitir tal fato.

Sugestão de Atividade
1-      Saber a história de parto de cada uma (pode ser a história do seu próprio nascimento, como a história de nascimento de seus filhos), buscar saber se a experiência foi boa ou ruim e porque sentiu assim a experiência.

2-      Perguntar a respeito das fantasias de parto, o que pensa que acontece na hora do parto, quais são as informações que elas têm, se essas têm medo de alguma coisa em relação ao parto.

3-      Descobrir o que pensam a respeito do parto normal as histórias que já ouviram e o que pensam da cesariana, o que já ouviram e qual tipo de parto preferem.

4-      Explicar a respeito do trabalho de parto
·         Contrações;
·         Dilatação;
·         Rompimento da bolsa;
·         Direito a um acompanhante;
·         Massagens para alivio da dor;
·         A função da doula
·         Plano de parto
·         A importância de amamentar na primeira hora após o nascimento;
·         A importância de se ficar em alojamento conjunto

5-      Finalizar o encontro
·         Solicite que a gestante avalie o encontro, entregando a ela a folha de avaliação.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Sugestão de 2º encontro para grupo de gestantes

Primeiramente gostaria de pedir desculpas aos meus leitores, faz tempo que não consigo publicar nada, fiquei de publicar dicas de encontros com gestantes, mas as tarefas do dia a dia não me permitiram. Mas como o combinado, publico agora a sugestão para o segundo encontro.



Atividades:

1-      Discutir sobre os aspectos psicossociais da gravidez. Para realizar essa discussão é importante que o condutor tenha conhecimentos sobre a psicologia da gravidez. Indico a leitura dos livros: “Nove Meses na vida da Mulher: Uma abordagem psicanalítica da gravidez e do nascimento” esse livro são dos autores: Myriam Szejer e Richard Stewart; “Psicologia da gravidez, parto e puerpério” da autora Raquel Soifer; “Psicologia da gravidez” da autora: Maria Tereza Maldonado e “Nós estamos grávidos” também da autora: Maria Tereza Maldonado e Júlio Dickstein.
Informar que a gravidez, além de ser um momento especial nas vidas das mulheres, é também um momento de mudanças que podem trazer conflitos psíquicos e sociais como:
·         Conflitos com o corpo (o corpo muda, a mulher ganha peso, passa a comer mais ou menos, pode não se sentir mais atraente, ou ao contrário, pode se sentir muito atraente, sua pele fica mais bonita, com brilho etc).
·         Conflitos psíquicos (gravidez não planejada, gravidez em um momento financeiro difícil, gravidez não consentida, gravidez de um filho do sexo que não queria, gravidez de um filho com deficiência, gravidez de um filho fora do casamento, mulher mãe já de muitos filhos, entre outros).
·         Conflitos sociais (gravidez na adolescência, gravidez fora do casamento, gravidez em um momento inoportuno como quando a mulher acabou de conseguir um emprego, gravidez não aceita pelo parceiro ou pela família, etc).

2-      Sugestão de Dinâmica 1
Antes de iniciar as dinâmicas, lembrar o grupo do sigilo das informações ali trocadas.

Dinâmica 1: Pedir as gestantes que montem (elas mesmas) um teatro/encenação para apresentar ali para o grupo, como as mulheres sentem seu corpo grávido. Deem a elas de 10 à 20 minutos para pensar e ensaiar para apresentação. Diga para que elas apresentem cenas de mulheres felizes com seu corpo e tristes e explicar o porquê umas se sentem felizes e outras tristes. Após a apresentação perguntar como elas se sentem em relação ao seu corpo grávido, se alguma se identificou com alguma das personagens da encenação. Reflitam com elas á respeito do assunto, diga que é natural se incomodar com o corpo no final da gestação, principalmente porque o corpo já está mais cansado, pesado etc.

Sugestão de dinâmica 2
Dinâmica 2: Pedir para que as gestantes façam uma linha do tempo da gravidez e digam em quais momentos da gravidez elas tiveram sentimentos ambivalentes pela gestação, momentos que elas consideraram de conflitos, e atrás da folha dizer como conseguiram superar essas dificuldades (pode não ser apenas nessa gestação, se ela quiser falar de outras gestações dela, pode também). Caso ela ainda não tenha superado, pedir para que as outras gestantes possam dar dicas de como ela pode superar a situação, ou pelo menos que as outras gestantes possam se mostrar amigas nessa hora, mesmo que não tenham ideia de como ajudar, só o apoio já é uma ajuda. Na hora em que ela apresentar levar a um processo de reflexão e discussão do grupo para que o grupo fique estimulado a compartilhar suas experiências semelhantes e como as superou.

Sugestão de Dinâmica 3
Dinâmica 3: Pedir para o grupo falar a respeito de como a sociedade enxerga a grávida, como elas se enxergam e como enxergam outras grávidas. Para isso entregue uma folha de sulfite a cada uma já com o quadro impresso e caneta e peça para preencherem o quadro.
Como a sociedade vê a gravida?
Como me vejo como grávida
Como vejo as outras grávidas










Peça para cada uma ler e promova a discussão observando que cada uma, pensa e age diferente da outra, por tanto, não existe um modo de ser gestante, cada uma é uma pessoa diferente, com desejos e necessidades diferentes. A grávida que a televisão (novelas) apresenta, é uma visão falsa, construída pelos autores das novelas, a vida real é diferente, atrás da barriga tem gente, mulheres com sonhos, desejos, idades, famílias, condições financeiras bem diferentes, por isso não podemos julgar as pessoas, pois cada um sabe onde é que aperta seu calo.

3-      Finalizar o encontro
·        Solicitar que as gestantes avaliem o encontro entregando a elas uma folha de avaliação
·         Agradecer a participação de todas
·         Fazer um resumão de tudo que foi aprendido nesse encontro
                        Pedir para que retornem no próximo encontro

domingo, 31 de março de 2013

Sexo do bebê: você tem preferência?

Texto Publicado no portal IG na sessão DELAS

Sexo do bebê: você tem preferência?

Antes e durante a gestação, sentir mais vontade de ter menina ou menino é normal entre plebeus e nobres – até Kate Middleton teria deixado escapar sua preferência

Raquel Paulino - especial para o iG São Paulo |
Como quase tudo que envolve os famosos que optam pela discrição, a gravidez de Kate Middleton levanta um boato polêmico atrás do outro. Um assunto que tem chamado a atenção em torno da barriguinha da duquesa de Cambridge é o sexo do bebê. Enquanto oficialmente a família real britânica declara não saber se nascerá um herdeiro ou uma herdeira, revistas e sites de celebridades afirmam que ela está grávida de uma menina e teria dito que preferiria que fosse um menino. Ainda de acordo com essas publicações, o príncipe William, seu marido, estaria feliz, pois sua preferência seria por uma primogênita. (E você, tem preferência por menino ou menina? Vote na enquete ao final da página.)
SplashNews
Grávida, Kate Middleton teria expressado preferência por menino, enquanto seu marido, o príncipe William, gostaria de ter uma menina
Verdadeira ou não, a história aproxima ainda mais Kate e William dos “comuns” que os admiram, já que ter preferência por um gênero faz parte da realidade da maioria das pessoas. “Tanto homens quanto mulheres, muito antes de engravidar, já são ‘pais’ de um bebê imaginário e até escolhem o nome do futuro filho”, afirma a psicóloga perinatal Rafaela Schiavo, mestre em psicologia do desenvolvimento e aprendizagem pela Universidade Estadual Paulista (UNESP) de Bauru. “Não há nada de errado nisso. Só há problema quando o desejo por um gênero é tão forte que, ao descobrir que o sexo do bebê é o oposto do esperado, manifesta-se depressão ou obsessão.”
Ela explica que o desejo saudável pode ter várias causas: o ideário cultural dos pais (achar que menina é delicada e menino é bruto, por exemplo), a mulher sofrida querer um menino para que ele não passe pelas dificuldades enfrentadas por ela ou a mulher feliz desejar uma menina para poder “dar à luz a si mesma”, até para que a pequena possa fazer o que a mãe não teve oportunidade. E muitas outras, uma vez que as emoções humanas são complexas.
A professora de inglês Andréa Klein sempre quis ter uma filha e realizou seu sonho logo na primeira (e única) gravidez, da qual nasceu Laura, hoje com seis anos. “Queria uma menina para me acompanhar no balé, na manicure, para gostar de rosa como eu gostava quando era mais nova”, diz. O ultrassom só revelou que o bebê era do sexo feminino no sexto mês de gestação. “No íntimo, eu tinha certeza de que seria menina. Mas quando o médico confirmou, chorei e ri ao mesmo tempo. Na saída da consulta, compramos um macacão rosa”, lembra.

Leia também:
É possível escolher o sexo do bebê naturalmente?
Posição sexual tradicional pode facilitar a gravidez
Mesmo plenamente realizada, Andréa confessa que não tinha coragem de falar em voz alta, durante a gravidez, que preferia uma filha a um filho. “Acho um pecado, um absurdo, por isso não verbalizava. Mas, por mais que conscientemente eu ache errado, tinha essa preferência, que posso fazer?”, justifica-se.
Arquivo pessoal
Andréa sempre quis ter uma menina e realizou seu sonho com o nascimento de Laura
Bebê saudável
A autocensura é extremamente natural no convívio social, como conta Karina Zulli, ginecologista e obstetra do Hospital e Maternidade Rede D’Or São Luiz: “Antes da gestação, as pacientes declaram suas preferências, mas isso muda do momento em que a gravidez é descoberta em diante. Aparece uma certa ‘culpa’, um sentimento de que o importante é o bebê ser saudável”. Segundo a psicóloga Rafaela, isso é consequência de uma cobrança social e é preciso ter atenção. “Mulheres podem adoecer psicologicamente se não tiverem com quem conversar sobre uma possível frustração nesse sentido”, afirma.
A advogada Adriane* começou a fazer terapia após descobrir que dará à luz mais uma menina em junho deste ano – ela já é mãe de Vitória*, dois anos. “Sempre quis ter um menino, meu marido também. Quando o ultrassom da primeira mostrou que era uma menina, ficamos tristes, mas nos apoiamos na esperança de que em seguida teríamos um moleque. Agora, teremos outra garota. Não posso falar com ele sobre o que sinto, ficamos emotivos, nem com minha mãe ou uma amiga, porque todo mundo acha errado a gente querer escolher o sexo do bebê. Então converso com a psicóloga. Amo minha filha, ela é linda. Sei que vou amar a próxima, mas queremos um menino”, desabafa. O casal já planeja tentar o tão sonhado filho assim que a caçula completar um ano de idade. “Se não vier, a gente para”, garante.
O amor declarado pela advogada às filhas prova o que Rafaela defende: “o filho não é rejeitado; a rejeição é pelo sexo dele, o que é bem diferente”. Mas ter tantas crianças com o único propósito de “ganhar” o bebê do gênero preferido é exceção hoje em dia. No consultório de Karina Zulli, o mais comum é os pais se conformarem quando o resultado do ultrassom é diferente do que eles desejavam. “Ouço frases como ‘Ah, se não veio a menina, então é para termos um menino mesmo’. É muito difícil um casal dizer que vai insistir só por causa do sexo do bebê. Até pela questão financeira, porque a criação de um filho custa caro”.
* Os nomes foram trocados a pedido da entrevistada.

Veja ainda:
Menino ou menina: uma festa para descobrir o sexo do bebê
Etiqueta para o chá de bebê 
Guia do Bebê: desafios e características de cada fase, dos zero aos 12 meses

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Sugestão de primeiro encontro com grupo de gestantes



        1-     Apresentação do Profissional, esclarecimento do dia, horário, duração dos encontros, número de encontros, informar sobre o sigilo das informações e sobre faltas.


2     2-   O Profissional psicólogo pode recorrer a aplicação de alguns instrumentos de avaliação de saúde mental da gestante. Costumo avaliar Ansiedade, Stress e Depressão, aquelas que apresentarem níveis elevados de ansiedade, stress ou depressão é necessário informar que essas devem procurar tratamento especializado com profissionais da saúde mental, como  psicoterapia.


4     3-    Apresentação das gestantes
·         Nome
·         Idade
·         Quantos filhos têm
·         Sexo do bebê
·         Mês de gestação
·         Se foi planejado ou não
·         Com quem mora
·         Dificuldades para participar dos encontros

5   
            4-   Realizar dinâmica de integração, para que as gestantes possam se conhecer melhor e estabelecer empatia entre o grupo.
       Sugestão de Dinâmica
        Dinâmica "Linha da vida"
Entregar uma folha para cada gestante e pedir para que faça uma linha reta na horizontal na folha e marque-a com traços na vertical indicando as idades em que fatos importantes na vida delas ocorreram.
Exemplo, em 1980 nasci, com 7 anos fui a escola, com 15 engravidei pela primeira vez, aos 25 separei etc.
Pedir para que elas apresentem a sua linha da vida para as demais gestantes.
Nessa linha da vida frise que é importante relatar principalmente sua vida familiar, fatos importantes, se ela se dá bem com sua mãe ou não, se a mãe é viva ou não, se passou por cirurgia, se teve doenças, quantos irmãos têm, etc, fatos importantes.
Na parte de traz da folha essas devem fazer uma linha novamente na horizontal, só que agora elas devem escrever sobre o futuro, como elas acreditam que estarão daqui há 3 meses, seis meses, um ano, cinco anos e 10 anos.
Tente fazer isso pensando em relação a maternidade, como ela se vê, se trabalhando, cuidando dos filhos, casada, divorciada, tendo uma vida ou se dedicando a maternidade.
 

       5- Finalização do encontro
·         Solicite as gestantes que avaliem o que acharam do encontro.

·         Informar o tema da próxima semana